quinta-feira,
11 janeiro, 2018 - 10h13 | AGRO
Chuvas
elevam previsão da safra
A
intensidade das chuvas de dezembro determinou uma projeção
de aumento de 2,2% na safra agrícola deste ano. Os últimos
prognósticos apontam para uma produção total
de cereais, leguminosas e oleaginosas de 224,3 milhões
de toneladas, ainda assim resultado 6,8% menor do que a safra
recorde de 2017
Agência
Brasil
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Chuvas
elevam previsão da safra - Chuvas contribuíram
para a projeção de aumento de 2,2% na safra
agrícola deste ano. Prognósticos indicam produção
de 224,3 milhões de toneladas | Arquivo/Agência
Brasil |
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As informações
constam do terceiro prognóstico para a safra 2018, referentes
ao Levantamento Sistemático da Produção Agrícola
(LSPD) divulgado hoje (11), no Rio de Janeiro, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados
confirmam as expectativas de que a safra de 2018 será bem
inferior à safra recorde do ano passado.
Pelos
números divulgados pelo IBGE, o prognóstico da safra
de grãos para 2018 aumentou de 219,5 milhões de
toneladas para 224,3 milhões. O aumento, embora não
reverta a expectativa de safra menor em 2018, ocorreu em razão
da abundância de chuvas no ultimo mês do ano passado.
“Em
novembro, a estiagem prolongada tinha levado a um atraso no início
do plantio, mas a abundância de chuvas em dezembro mudou
esse quadro, levando a um ajuste nos prognósticos de área
colhida e volume de produção do arroz, da soja e
da primeira safra do milho”, explica o pesquisador do IBGE,
Carlos Alfredo Guedes.
Produção
nacional de grãos
Segundo
ele, juntos “estes três produtos constituem quase
95% da estimativa de produção nacional de grãos”.
As últimas projeções do Levantamento Sistemático
indicam que a safra de soja em 2018 deverá atingir 112,3
milhões de toneladas, a de arroz será de 11,7 milhões
de toneladas e as duas safras de milho deverão ficar em
26,6 milhões e 57,9 milhões de toneladas, respectivamente.
O pesquisador
reafirma, porém, que, por enquanto, “a previsão
é de uma safra anual menor do que a de 2017, estimada em
240,6 milhões de toneladas.
“É
importante lembrar que a base de comparação é
bem alta, porque em 2017 tivemos uma safra recorde. Por isso,
a variação do volume total deve ser negativa, mas
ainda assim está bem melhor do que prevíamos em
novembro”, disse Carlos Alfredo.
Entre
os cinco produtos de maior importância para a próxima
safra, três devem apresentar variações negativas
na produção: arroz em casca (-5,9%), milho 1ª
safra (-14,4%) e soja em grão (-2,4%).
As possíveis
variações positivas são: algodão herbáceo
em caroço (4,7%) e feijão 1ª safra (5,0%).
Neste prognóstico, as informações de campo
representaram 98,1% da produção nacional prevista,
enquanto que as projeções responderam por apenas
1,9% do total agora estimado.
Números
da safra de 2017
As estimativas
de dezembro do Levantamento Sistemático, ao fecharem os
números da safra do ano passado, confirmaram as previsões
de recorde na produção agrícola de 2017,
que totalizou 240,6 milhões de toneladas, resultado 29,5%,
ou 54,8 milhões de toneladas, maior que as 185,8 milhões
de toneladas produzidas na safra anterior.
A área
a ser colhida (61,2 milhões de hectares) cresceu 7,2% frente
a 2016 (57,1 milhões de hectares). Em relação
aos dados de novembro (241,9 milhões de toneladas), a estimativa
da produção caiu 0,5%.
O arroz,
o milho e a soja são os três principais produtos
deste grupo, que, somados, representaram 94,4% da estimativa da
produção e responderam por 87,9% da área
a ser colhida.
Em relação
a 2016, houve aumento de 2,2% na área da soja, de 19,3%
na área do milho e de 4,3% na área de arroz. Na
produção, houve acréscimos de 19,4% para
a soja, 55,2% para o milho e 17,2% para o arroz.
Na avaliação
para 2017, Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de
grãos, com uma participação de 26,3%, seguido
pelo Paraná (17,3%) e Rio Grande do Sul (14,7%), que, somados,
representaram 58,3% do total nacional previsto.