quinta-feira, 11 abril, 2013 10:03
Sabe
o Azerbaijão?
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Wikipedia |
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No
último ranking de inovação, do
World Economic Forum o Brasil ocupa a 49ª posição,
atrás do Chile, Azerbaijão e Malta. Investimos
menos de 1% do PIB |
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Sabe
o Azerbaijão? É!! Aquele país lá
entre a Europa e a Ásia, que dá de cara pra
Rússia, para o Irã, a Armênia e afins?
Lembra?! Não?! Por quê?
Porque
metade da população não é servida
de esgoto? Ou porque a sua terra é contaminada por
uso indevido de agrotóxicos? Talvez porque muita
gente lá morra de doenças respiratórias?
Não?! Nada disso?
Então
que tal lembrar deles como um país que tem melhor
educação que o Brasil? Porque foi isso que
mostrou um informe do Fórum Econômico Mundial.
Por
causa de uma péssima educação, principalmente
em ciências e matemática, o Brasil está
inclusive atrasado nas tecnologias. E países como
nosso querido Azerbaijão nos superam. Não
quero menosprezar aqui o Azerbaijão. Não conheço
a região, não conheço ninguém
de lá. Não faço idéia de como
é a qualidade de vida por lá. Mas tenho certeza
que terá um futuro mais promissor que o nosso, já
que mesmo com tantos problemas, ainda conseguem oferecer
melhor educação.
Enquanto
isso, por aqui, estádios são destruídos
por torcedores no primeiro jogo, após o investimento
de milhões. Queria saber se pacientes destruiriam
um hospital, caso o dinheiro fosse gasto com isso. Mas mantendo
o foco... Enquanto isso, no país da Copa, a turista
é estuprada oito vezes dentro de uma van, enquanto
seu namorado é agredido. Enquanto isso, o tomate
e a cebola viram piada, porque estão custando praticamente
a mesma coisa que o kilo da carne. Enquanto isso, problemas
demais para pensar em educação.
O que
esperar de um cenário destes? Como tentar fazer algo
para seu país, quando neste, a pessoa mais sensata
do momento é o próprio Feliciano? Sim, porque
ao pedir a saída de João Paulo Cunha e José
Genoíno, condenados pelo mensalão e atuais
integrantes da bancada da Comissão de Constituição
e Justiça, ele está praticamente fazendo um
favor ao que resta da imagem ética e coerente do
país. Como é que se lida com um país
que chegou a esse ponto?
Sinceramente,
não sei dizer. Todas as atividades que alcanço
como cidadã, exerço com o máximo de
vigor possível... Mas às vezes desanima saber
que eu represento menos que um legume por aqui. Provavelmente,
no Azerbaijão, seria pior, já que sobram fatos
sobre vários problemas bem complexos do país.
Mas enquanto consigo enxergar fios de esperança de
que eles se tornem um país melhor e mais desenvolvido,
aqui, que teoricamente somos bem mais desenvolvidos, vejo
muito mais chance de regresso e falência. Porque aqui,
tudo acontece e nada prevalece. E porque aqui, infelizmente,
tudo acaba em pizza. E numa pizza cada vez mais cara. Afinal,
que boa pizza não vem cheia de molho de tomate?