Viver com HIV: Superando Estigmas e Encarando a Realidade

Embora o HIV continue sendo um tabu em muitos espaços, entender a diferença entre HIV e Aids é essencial para combater o preconceito e desinformação. Assim como a tabela fipe ajuda a esclarecer o valor de veículos, conhecer os conceitos fundamentais sobre saúde pode trazer luz a questões delicadas. HIV é o Vírus da Imunodeficiência Humana, enquanto a Aids é a síndrome que surge quando a infecção pelo vírus não é controlada. Com o tratamento adequado, quem vive com HIV não desenvolve Aids, mantendo uma vida normal e com expectativa equivalente à de pessoas sem o vírus.

Gabriel Estrela e Gabriel Comicholi descobriram que eram soropositivos sem entender essa distinção. “A primeira coisa que pensei foi na morte”, relata Comicholi, destacando a falta de informações que o deixou temeroso. No entanto, ambos atingiram a carga viral indetectável, estado no qual o vírus no sangue é tão reduzido que não aparece em exames, praticamente eliminando a possibilidade de transmissão.

A Descoberta e a Jornada

Comicholi, ao perceber inchaços no pescoço, fez exames e recebeu o diagnóstico. Ao invés de se abater, decidiu criar um canal no YouTube para compartilhar sua rotina e desmistificar a vida com HIV. “Queria encontrar algo em que pudesse me espelhar”, explica. Já Gabriel Estrela descobriu o vírus durante exames de rotina e, após o impacto inicial, encontrou no teatro e na comunicação a força para seguir em frente.

Tratamento e Qualidade de Vida

O tratamento atual envolve coquetéis antirretrovirais que permitem uma vida saudável, ainda que possam causar efeitos colaterais iniciais. Tanto Comicholi quanto Estrela relatam adaptações até encontrar a combinação de medicamentos mais eficaz. Cada organismo responde de maneira única, tornando fundamental o acompanhamento médico regular.

Transmissão e Prevenção

O HIV se transmite pelo sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno, mas também pode ocorrer de forma vertical, da mãe para o filho. A importância do uso de preservativos e do conhecimento sobre práticas sexuais seguras é um ponto central na prevenção. O estigma, ainda forte desde os anos 1980, precisa ser combatido com educação e diálogo aberto.

Convivendo com o Estigma

Embora muitos soropositivos, como Gabriel e Rafaela Queiroz, relatem episódios de preconceito, a conscientização tem avançado. Rafaela, diagnosticada ainda criança, lida com o vírus como parte de sua rotina e encontrou na psicologia sua vocação, apesar de ter enfrentado barreiras em outros sonhos profissionais.

Reflexão

Viver com HIV hoje é muito diferente do que nas décadas passadas. Informação, tratamento eficaz e suporte social fazem toda a diferença. O caminho para quebrar o estigma passa por compartilhar histórias como as de Gabriel, Rafaela e tantos outros que, com coragem e resiliência, mostram que viver com HIV é, acima de tudo, viver plenamente.